Tania Fraga
Amoreiras:
Conceito:
Amoreiras é um
projeto sobre a autonomia, a aprendizagem artificial, a natureza e o meio
ambiente. Os principais atores são cinco amoreiras vermelhas jovens na Avenida
Paulista, centro cultural e econômico de São Paulo. Um microfone mede ruídos
ambientais que são usados como uma representação do nível de poluição na
cidade, e "próteses motorizadas" movem os ramos das árvores, a fim de
ajudá-las a se livrarem da fuligem em suas folhas. Um algoritmo de aprendizado
artificial permite que as árvores observem e aprendam umas com as outras, numa
dança de árvores, próteses e algoritmos, tornando aparente e poética o balanço
dos ramos, às vezes (in) voluntário - mecânico, às vezes causada pelo próprio
vento correndo contra as folhas.
Grupo Poéticas Digitais: neste projeto é composto por Gilbertto
Prado, Agnus Valente, Andrei Thomaz, Claudio Bueno, Daniel Ferreira, Dario
Vargas, Luciana Ohira, Lucila Meirelles, Mauricio
Taveira, Nardo Germano, Sérgio Bonilha, Tania Fraga e Tatiana Travisani.
Premiações/Exposições:
Obra premiada pelo Instituto Itaú Cultural para a bienal de Arte e
Tecnologia Emoção Art.ficial 5.0, realizada de julho a setembro de 2010, Fundação Tomie Otake, 2013, e
tem sido mostrada em vídeo diversas exposições.
Conceito:
Projeto colaborativo que tece arte e ciência integrando conceitos
estéticos e poéticos através de das tecnologias computacionais. Aplica
conceitos e processos emergentes nas ciências obtendo uma simbiose com a arte
através da dança. Seu tema relacionado com as transformações no domínio dos
fungos requereu a criação de metáforas poéticas possíveis de serem manipuladas
interativamente por dançarinos numa CAVE.
Ver: http://www.youtube.com/watch?v=m73pqwfSvBA&feature=youtu.be
Autores:
Tanya Dahms
(performance), David Gerard (dispositivo para interação), Tania Fraga (cenários
interativos)
Grupo: Christopher Sensen
(CAVE Director), Paul Gordon (CAVE programmer), Holly Wobama (Vídeografia), Brian Cechmam e Graeme Hull (fotografia) e alunos do curso de Ciência da
Computação da Universidade de Regina
Descrição:
Para este projeto, Tania Fraga criou cibermundos em Java (API Java3D)
baseados nas imagens científicas de fungos obtidas por Tanya
Dahms em microscópio eletrônico de escaneamento de
forças atômicas (scanning electron-
and atomic force microscopy). Esses cibermundos por sua vez formaram os
cenários virtuais interativos para as performances Transformation
e Transformation2 realizadas por Dahms. Para a
primeira performance foram criados por David Gerard dispositivos com
acelerômetros para a interação. Esses dispositivos são vestidos pela performer
durante a apresentação e propiciam mudanças nos cibermundos, através de seus
movimentos. Para a performance na CAVE esses dispositivos foram recriados
através de Wii-motes.
Apresentações:
Performance realizada na CAVE da Universidade
de Calgary, Canadá, em 2010; New Dance Horizons, em junho de 2007, em Regina, Canadá
Ver: http://www.youtube.com/watch?v=m73pqwfSvBA&feature=youtu.be
Conceito:
Projeto colaborativo que tece arte e ciência integrando conceitos
estéticos e poéticos das tecnologias computacionais através da dança. Os
performers interagem em tempo real com animações computacionais interativas e
música eletrônica.
Autores:
Maida Withers
(coreografia e concepção), Ayo Okunseinde (dispositivo
para interação), Tania Fraga (cenários interativos), Steve
Hillmy (músico e compositor)
Dançarinos: Tzveta Kassabova, Anthony Gongora, Giselle Ruzany.
Descrição:
Para este projeto, Tania Fraga criou cibermundos minimalistas em Processing tendo como a leveza e a integração entre
interação e processos autônomos computacionais.
Apresentações:
TechnoPathos
Conceito:
Projeto colaborativo que explorava as dificuldades das pessoas
trabalhando com computadores de uma forma quase cômica. Tece arte e ciência
integrando conceitos estéticos e poéticos das tecnologias computacionais
através da dança.
Ver: http://www.youtube.com/watch?v=IoXQa4W5GUQ&feature=youtu.be
Autores:
Direção de Cauê Matos, Tania Fraga (roteiro e cenários
interativos), Andrea Fraga e Marines Calori (performers).
Descrição:
Os conceitos gerais de computação foram
introduzidos de modo lúdico num misto de ações de dança e teatro integradas com
os cenários interativos manipulados com mouse sem fio.
Apresentações: Aula-espetáculo apresentada na Estação Ciência da USP, em
2006.
Palavrador:
Obra coletiva de
realidade virtual realizada a com participação de artistas visuais, arquitetos,
poetas e músicos sob coordenação de Francisco Marinho, Festival de Diamantina,
2006
Karuanas
Conceito:
Projeto colaborativo que explora aspectos poéticos do domínio
das águas a partir de vivências de Tania Fraga na floresta Amazônica. Os Karuanas são os espíritos das águas na mitologia da ilha do
Marajó. O espetáculo tece arte e ciência integrando conceitos estéticos e
poéticos das tecnologias computacionais através da dança.
Autores: Patricia Noronha
(direção), Tania Fraga (cenários interativos), Andrea Fraga e Marines Calori (performers), Mariá Portugal (música).
Descrição:
Os cenários virtuais foram criados com membranas
em vibração - metáforas das branas n dimensionais
proposta pela teoria M das supercordas - e foram concebidos em vivências na
floresta Amazônica[1].
Foram reprogramados e adaptados da obra m_branas
de 2004. Eles exploram possibilidades poéticas e sensoriais de universos
fluidos singulares compostos por membranas dinâmicas vibrantes a instigar a
sensação de imersão física (sensorial) e conceitual (cognitiva). Os cibercenários foram projetados sobre o piso e o veludo
negro das pernas e ciclorama do teatro o que
prejudicou a documentação dos espetáculos.
Apresentações: Espetáculos realizados no SESC Anchieta e no SESC Pompéia,
em São Paulo, em 2006,
Gest.ação
Conceito:
Projeto colaborativo que explora aspectos poéticos da
fertilidade humana. O espetáculo tece arte e ciência integrando conceitos
estéticos e poéticos das tecnologias computacionais através da dança.
Autores: Cauê
Matos (direção), Tania Fraga (cenários interativos), Andrea Fraga e Marines Calori (performers).
Descrição:
Os cenários virtuais foram criados como- metáforas
dos processos sensoriais de uma gestante. Eles exploram possibilidades poéticas
e sensoriais de universos singulares a instigar a sensação de imersão física
(sensorial) e conceitual (cognitiva) no processo de interação da mãe com o feto
em seu ventre.
Apresentações: Performance realizada na Estação Ciência
da USP, em 2005.
Ver: http://www.youtube.com/watch?v=IoXQa4W5GUQ&feature=youtu.be
Performer
Andrea Fraga
NanoShelters
Conceito:
Buscar a materialização dos objetos
virtuais visando a criação de arquiteturas mutáveis. Arquiteturas com certo
grau de plasticidade, adaptabilidade e comportamentos expressivos.
Autores: Tania Fraga (nanoshelters) e Russerl Taylor (processos de
manufatura).
Descrição: Projeto colaborativo que iniciou uma nova vertente de pesquisa: a materialização de objetos virtuais
miscigenando computação física, nanotecnologia e robótica. Algumas dessas
possibilidades foram simuladas em QuickTime VR.
Apresentações: A
revista Horizon Zero[2] do Banff New Media Centre, Canadá, comissionou o trabalho Fluid Cloth no qual início o
desenvolvimento dessa ideia visionária que foi veiculada no número 14 dessa
revista, e no número 3 da revista Technoetics Arts (UK).
Imagens: homepages da revista Horizon Zero, Banff Centre, Canadá
Jogo Brasília e os
Caminhos do Brasil Moderno[3]:
Conceito:
O jogo foi concebido questionando
estereótipos e buscando qualidade poética e estética. A estética realista e
figurativa dos videogames foi substituída pela fluidez e leveza de
representações desenhadas manualmente de modo simular estudos e layouts de
arquitetos.
Autores: Tania Fraga (roteiro, desenhos, programação e
design dos cibermundos), Fabrício Anastácio e Vanessa de almeida (programação da interface), Pedro Garcia
(Consultor Java).
Descrição:
Programado em Java (API Java 3D), é um jogo exploratório, não
competitivo, que possibilita ao interator aprender
fatos relacionados à Brasília e sua história, de modo interessante e
instigante, ao explorar 20 domínios virtuais. Foram desenvolvidos modos
inovadores de navegação, tais como buracos de minhoca que introduzem o acaso no
fluxo do jogo e quebram a linha narrativa e túneis de eventos nos quais
comandos e trilhas sonoras faladas possibilitam ao interator
mergulhar, quando desejar, em níveis aprofundados de informação. Foi criado
entre 2004 e 2005 e certos recursos atuais da linguagem Java não puderam ser,
na época, implementados.
Apresentações: Jogo
em realidade virtual para instalação presencial estereoscópica criado para o
Espaço Israel Pinheiro, em Brasília.
Cibermundos Palácio
da Justiça e Palácio do Planalto
Fertilidade: duas estações
Conceito:
Espetáculo explorando a relação da mulher com o feto dentro de
seu ventre. Essa performance utilizou realidade virtual para falar da
fertilidade e sensibilidade femininas. Os cenários
virtuais interativos eram
manipulados com um mouse sem fio.
Autores: Tania Fraga (cibercenários) e Andrea Fraga (performance).
Descrição: A performer Andrea Fraga, grávida de
8 meses, dançou na última semana em que podia fazê-lo, dando especial
significado e expressão ao espetáculo.
Apresentações: Espaço Nova Dança e no Congresso Graphica
2001, USP, ambos em São Paulo, em 2001
Aurora 2001: Fogo nos Céus[4]
Conceito:
Os cenários Virtuais
interativos de Aurora 2001/2003 oferecem mergulhos em metáforas e alegorias
construídas a partir da compreensão dos conceitos científicos envolvidos no fenômeno
das auroras boreais e austrais, tais como: magnetosfera, vento solar e
tempestade de prótons.
Autores: Tania Fraga (cibercenários) e Grupo Maida Withers Dance Construction Company (USA)
(espetáculos de dança).
Descrição:
Espetáculo de dança concebido
pela coreógrafa americana Maida Withers
e realizado por um grupo de artistas internacionais do grupo de dança Maida Withers Dance Construction Company com música
ao vivo de do compositor norueguês Oyesten Sevag. Nos espetáculos os dançarinos manipulam os
cenários virtuais com um mouse sem fio controlado por sinal de rádio fazendo
escolhas e agenciando uma cena singular que acontece, somente naquele momento,
não se repetindo em outras apresentações. As imagens de satélites
foram fornecidas pela NASA, ESA e JAXA.
Apresentações:
Aurora 2001 estreou em Trompso,
na Noruega, e em Washington, DC, ambos em fevereiro de 2001, tendo sido
apresentada parcialmente em Brasília em maio de 2001 e re-apresentado
em São Petersburgo e Arcângelo, na Rússia, em agosto de 2003.
Esses espetáculos foram documentados pelo canal americano Research Channel, em 2009. Ele
vem sendo veiculado, também, na Internet no endereço:
Ver: http://www.youtube.com/watch?v=EJS_DHtipRo
Joseph Mills interage no palco com sol virtual
Ofertas:
Conceito:
Oferece aos interatores
a opção de escolher formas diversas para compor a interface a partir de seus avatares. Ao fazê-lo deixavam seus traços e compunham uma
obra efêmera.
Autores:
Tania Fraga e Suzete Venturelli.
Descrição:
Instalação interativa multiusuário.
Exposições:
Exposição da ANPAP, na Galeria
Jaime Câmera, em Goiânia, em 2000; e no Espaço Cultural Renato Russo, em
Brasília, em 2001.
ActBolus: Athos em Pedaços
Conceito:
Mundos virtuais criados em VRML em
homenagem ao artista Athos Bulcão. A instalação e o site propõem ao público participante um
mergulho por espaços multidimensionais criados para refletirem posturas
criativas análogas às de Athos. Suzete oferece à mão
a possibilidade de riscar o espaço a criar poesia. Tania recria a poética de
equilíbrio entre intenção e acaso utilizada por Athos
em seus azulejos. São formas simples que dançam em todas as direções do espaço
e sons que se desvelam durante a interação com uma série de
fluídos mundos.
Autores: Tania Fraga e Suzete Venturelli.
Descrição:
Instalação interativa.
Exposições:
Exposição Homenagem a Athos Bulcão, Conjunto Nacional,
em Brasília, em 2000.
Singularidades
Conceito:
Obras-programas inéditas
miscigenando vídeo de dança, os vídeos sendo utilizados como texturas móveis
dos mundos virtuais.
Autores:
Tania Fraga (design dos cibermundos), Soraia Silva (dançarina e
coreógrafa).
Descrição:
Obra-programsa criada em VRML (Virtual
Reality Modelling Language).
Apresentações: Trabalhos
inéditos.
Rede Xamantica . Xamantic Web
Conceito:
Com a proliferação da linguagem VRML
(Virtual Reality Modelling Language),
em 1996, os trabalhos criados puderam ser expostos usando computadores como
suportes. Muitos desses trabalhos foram veiculados na Internet, entre eles a Xamantic Web realizada em 1996. Sua poética e estética
foca-se na fluidez, leveza e na construção de unidades 3D mínimas mas plenas de
significados.
Autores:
Tania Fraga (roteiro, programação e design de cibermundos). Esta rede
contou com a colaboração dos artistas Daniela Kutschat,
Lúcia Leão, Malú Fragoso, Rejane Cantoni,
Roy Ascott, Silvia Laurentiz
e da designer Fátima Bueno.
Descrição:
Programada em HTML e VRML (Virtual Reality Modelling
Language) a Xamantic Web cria
conexões não lineares entre inúmeros artistas nacionais e internacionais.
Apresentações:
Exposições: European
Media Arts Festival, Alemanha, em 1999; VRML Art, 1999, Alemanha; SIBIGRAPI 99, Unicamp;
Centro Cultural Renato Russo, Brasília, e Palácio das Artes, Belo Horizonte,
1998; e OtherBodies, 2000, Alemanha.
Ver:
http://www.youtube.com/watch?v=JfWObSHqv_E
NetLung.RedePulmão:
Conceito:
Buscar modos de suplantar as
limitações existentes no período quanto aos protocolos da rede e as restrições
da linguagem html que possibilitava apenas links de
hipertexto e imagens fixas.
Autores:
Diana Domingues, Gilbertto Prado e Suzete
Venturelli e Tania Fraga.
Descrição:
Programada em HTML buscava modos de se obter interação mesmo com as
limitações da linguagem.
Apresentações:
Trabalho em rede realizado em 1996.
[1] Foram
realizadas duas viagens de imersão, uma na Estação Ferreira Pena, CNPq, em Caixiuanã e uma na Ilha do Marajó, ambos no Pará.
[2] Os organismos artificiais foram publicados
na revista eletrônica de Banff Centre, Horizon Zero,
Canadá na seção intitulada “Speculating the nanotech home of the future”:
http://www.horizonzero.ca/index.php?pp=26&lang=0. Última consulta: 06th,
2008, 12h44.
[3] O jogo Brasília e os
caminhos do Brasil moderno foi programado
conjuntamente pelos programadores Fabrício Anastácio, Tania Fraga e
Vanessa de Almeida, tendo como consultor o programador Pedro Garcia. As
músicas, sons e locuções das falas foram produzidos por Magda Pucci.
[4] A NASA e as agências espaciais Européia
e Japonesa disponibilizaram o uso de imagens do sol e das auroras boreais e
austrais tiradas pelos satélites colocados ao redor da terra e do sol: TRACES,
YOKO e SOHO.